Câncer de Bexiga

O que é o câncer de bexiga?

O câncer de bexiga se desenvolve quando as células da mucosa que reveste a parte interna da bexiga sofrem alterações e passam a crescer de forma descontrolada. Existem diferentes tipos histológicos, sendo o mais comum o carcinoma urotelial (ou de células transicionais).

Essa doença pode se apresentar de forma superficial (sem invasão da musculatura) ou como tumor músculo-invasivo, quando atinge camadas mais profundas da parede da bexiga, exigindo tratamentos mais agressivos.

Sintomas do câncer de bexiga

Os sinais do câncer de bexiga variam de acordo com o estágio da doença, mas os sintomas mais frequentes incluem:

  • Presença de sangue na urina (hematúria), visível a olho nu ou detectada em exames laboratoriais
  • Dor ou ardência ao urinar
  • Aumento da frequência urinária
  • Urgência urinária (vontade súbita e intensa de urinar)
  • Dor abdominal baixa ou na região lombar
  • Em estágios avançados, pode haver perda de peso, cansaço excessivo e dor óssea, se houver metástases

     

Ao notar qualquer um desses sintomas, é essencial procurar avaliação médica especializada. No início, o que é mais comum é apresentar sangue na urina sem nenhum dos outros sintomas. Ou seja, se evidenciar sangue na urina procure um atendimento com urologista.

Tratamentos para câncer de bexiga

O tratamento depende da extensão do tumor (superficial ou invasivo), grau de agressividade e estado clínico do paciente. As principais abordagens são:

1. Ressecção / Enucleação endoscópica

Indicado para tumores superficiais. O tumor é removido por via uretral com auxílio de uma câmera e alça de ressecção pelo canal da uretra.

Para tumores não muito volumosos, é possível realizar a retirada em bloco do tumor melhorando resultados no tratamento. 


Múltiplas tecnologias podem ser utilizadas para essa finalidade. Atualmente existe a preferência pela energia bipolar por reduzindo riscos de complicações ou energia laser. 

2. Imunoterapia intravesical (BCG)

Após a ressecção de tumores não invasivos, é comum utilizar a BCG (bacilo de Calmette-Guérin) diretamente na bexiga, para evitar recidivas em tumores de alto risco para recorrência local. 

Fatores de risco para recorrência local são:

  • Tumores de alto grau
  • Tumores maiores de 3 cm
  • Multiplicidade de tumores
  • Presença de carcinoma in situ
  • Recorrência prévia

3. Cistectomia radical (Convencional / Laparoscópica / Robótica)

Em casos de tumores músculo-invasivos ou de alto risco, pode ser necessária a remoção completa da bexiga. O procedimento pode incluir a construção de uma neobexiga ou a criação de um desvio urinário com intestino.

A utilização da cirurgia laparoscópica e robótica permite a realização do procedimento através de pequenas incisões, reduzindo taxas de complicações com recuperações pós-operatórias mais rápidas quando possível. 

4. Quimioterapia / Imunoterapia e Radioterapia

 

Podem ser utilizados antes os após a cirurgia de Cistectomia radical, em casos de presença de metástases ou para controle local de sintomas ou recidivas. 

Estudos mais recentes mostram que a adição da imunoterapia em conjunto com quimioterapia pode melhorar taxas de sobrevida ou cura quanto utilizada antes da cistectomia. É fundamental a avaliação por um médico uro-oncologista para a avaliação do tratamento mais indicado para cada paciente.

Fatores de risco

Os principais fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de bexiga são:

  • Tabagismo: responsável por cerca de 50% dos casos. Substâncias tóxicas do cigarro são eliminadas pela urina e irritam o revestimento da bexiga.
  • Exposição a produtos químicos: trabalhadores da indústria de tintas, borracha, couro e combustíveis têm risco aumentado.
  • Infecções urinárias crônicas ou uso prolongado de sondas vesicais.
  • Histórico familiar ou pessoal de câncer urotelial.
  • Uso de certos medicamentos e exposição prévia à radioterapia pélvica.

     

A prevenção inclui não fumar, hidratar-se adequadamente e manter acompanhamento urológico em casos de risco elevado.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico do câncer de bexiga envolve exames clínicos, laboratoriais e de imagem. Os principais métodos incluem:

  • Ultrassonografia do trato urinário
  • Tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RM)
  • Cistoscopia: exame endoscópico que permite visualizar diretamente o interior da bexiga e realizar biópsias
  • Exames de urina e citologia urinária: podem identificar alterações nas células eliminadas na urina

O diagnóstico definitivo depende da biópsia, geralmente realizada durante a ressecção endoscópica do tumor (RTU), um procedimento minimamente invasivo sem cortes.

A importância do diagnóstico precoce

O câncer de bexiga, quando detectado precocemente, tem altas taxas de controle e cura. No entanto, é uma doença com alto risco de recorrência, o que exige acompanhamento contínuo após o tratamento.

Exames periódicos, como a cistoscopia e a citologia urinária, fazem parte do seguimento dos pacientes tratados.

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Sintomas

Fatores de Risco

Vantagens do Tratamento

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