Hiperplasia Prostática Benigna (HPB)

O que é Hiperplasia Prostática Benigna?

A Hiperplasia Prostática Benigna (HPB) é uma das condições urológicas mais comuns entre homens com mais de 50 anos. Trata-se do aumento benigno da próstata, uma glândula localizada abaixo da bexiga, responsável pela produção de parte do sêmen. Com o crescimento da próstata, ocorre uma compressão da uretra, o que dificulta a passagem da urina e leva a uma série de sintomas urinários que comprometem a qualidade de vida.

Embora não seja um câncer, a HPB exige acompanhamento médico especializado para garantir um diagnóstico preciso e a escolha do tratamento mais adequado para cada paciente.

Fatores de Risco

Embora a idade seja o principal fator de risco, outros aspectos também podem favorecer o desenvolvimento da Hiperplasia Prostática Benigna:

  • Histórico familiar de HPB
  • Obesidade e sedentarismo
  • Diabetes e doenças cardiovasculares
  • Alimentação rica em gorduras saturadas

Manter hábitos saudáveis, como uma dieta equilibrada e a prática de exercícios físicos, pode ajudar a reduzir o risco de progressão da doença.

Tratamentos para Hiperplasia Prostática Benigna

O tratamento da HPB depende da intensidade dos sintomas, do tamanho da próstata e das condições de saúde do paciente. Ele pode ser dividido em:

1. Mudanças no estilo de vida

Indicado para casos leves. Inclui:

  • Reduzir o consumo de cafeína e álcool

  • Evitar líquidos à noite

  • Urinar em horários regulares

  • Praticar exercícios físicos

2. Tratamento medicamentoso

Para casos moderados a graves, com uso de:

  • Bloqueadores alfa-adrenérgicos: relaxam a musculatura da bexiga e próstata.

  • Inibidores da 5-alfa-redutase: reduzem o tamanho da próstata a longo prazo. Indicados para próstatas acima de 40g ou como profilaxia em casos selecionados
  • Inibidores de fosfodiesterase: melhoram tanto sintomas relacionados a impotência sexual quanto a dificuldade urinária relacionada ao HPB
  • Anti-muscarínicos ou Beta-agonistas: podem ser utilizados em combinação para pacientes com sintomas irritativos refratários (vontade aumentada de urinar)

A combinação de medicamentos é comum e deve ser avaliada pelo médico.

3. Procedimentos minimamente invasivos

Quando os medicamentos não são eficazes ou os sintomas são mais intensos, o urologista pode indicar cirurgias de menor porte, como:

  • Ressecção Transuretral da Próstata (RTU): técnica tradicional, muito utilizada para próstata de pequeno/médio volume com risco de alterações ejaculatórias e taxas de recorrência até 25%

  • Eletrovaporização da próstata: técnica semelhante à RTU, porém com menor sangramento e com maiores taxas de recorrência de HPB que RTU

  • Enucleação Endoscópica da Próstata (HoLEP ou Bipolar): indicada para próstatas médio / grandes. Remove com precisão todo o tecido aumentado. Possui risco aumentado de incontinência urinária quando comparados com RTU, porém com menores taxas de sangramento e menores taxas de retorno da doença.

Esses procedimentos são realizados por via endoscópica, ou seja, sem cortes externos, o que permite menor tempo de internação e recuperação mais rápida.

  • Prostatectomia Transvesical / Retropúbica: procedimento cirúrgico com incisões e que pode ser feito pela via robótica ou laparoscópica. Reservado atualmente para próstata de dimensões muito aumentadas (> 200g) devido a tamanhos inferiores serem tratados através do HoLEP ou BipoLEP. 

Sintomas da Hiperplasia Prostática Benigna

Os sintomas da HPB variam de leves a intensos e geralmente se desenvolvem de forma gradual. Os sinais mais comuns incluem:

  • Dificuldade para iniciar a micção
  • Fluxo urinário fraco ou interrompido
  • Necessidade de urinar com urgência
  • Aumento da frequência urinária, especialmente à noite (nictúria)
  • Sensação de esvaziamento incompleto da bexiga
  • Gotejamento urinário após terminar de urinar

Esses sintomas impactam diretamente a rotina do paciente, afetando o sono, o conforto e até o convívio social. Em casos mais graves, a HPB pode levar à retenção urinária total, infecções de repetição ou danos à bexiga e rins.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico da HPB é feito por um urologista, com base nos sintomas relatados pelo paciente e em exames clínicos e laboratoriais. Os principais exames incluem:

  • Toque retal: avalia o tamanho e a consistência da próstata, sendo importante para afastar risco de câncer de próstata
  • PSA (Antígeno Prostático Específico): exame de sangue que ajuda a descartar câncer de próstata.
  • Ultrassonografia da próstata e do trato urinário
  • Urofluxometria: avalia o fluxo urinário.
  • Exame de urina e função renal
  • Escore de Sintomas Prostáticos (IPSS): Avalia a intensidade que os sintomas causados pelo HPB e pode auxiliar na decisão terapêutica (colocar link para acesso ao IPSS) → Faça já o seu e avalie seu risco quanto a necessidade de tratamento

Em alguns casos, pode ser solicitado um estudo urodinâmico ou ressonância magnética para investigação mais aprofundada.

Quando procurar um urologista?

Homens acima de 50 anos, especialmente com histórico familiar de problemas prostáticos, devem fazer avaliações periódicas com um urologista mesmo sem sintomas. Se você apresenta sintomas urinários como dificuldade para urinar, jato fraco ou necessidade frequente de ir ao banheiro, é hora de buscar ajuda!

O Dr. Rudinei Brunetto, urologista e uro-oncologista e pioneiro no estado do Tocantins com técnicas de Enucleação Endoscopica de Prostata, considerado o tratamento mais moderno e eficaz no tratamento de hiperplasia prostática benigna.

Qualidade de vida com o tratamento correto

A boa notícia é que, com o diagnóstico precoce e o tratamento correto, a HPB tem excelente controle. A maioria dos pacientes experimenta alívio significativo dos sintomas e melhora na qualidade de vida.

Por isso, não ignore os sinais do seu corpo. A saúde da próstata merece atenção e cuidado especializado.

Sintomas

Fatores de Risco

Vantagens do Tratamento

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